A importância das atividades físicas para a saúde é popular, mas você sabia que a prática dos exercícios também pode prolongar seu tempo de vida? É o que mostra uma revisão sistemática de 17 estudos diferentes sobre como as atividades de fortalecimento muscular afetam a mortalidade por todas as causas.
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Exercícios de fortalecimento muscular, além do trabalho aeróbico, têm sido associados a um menor risco de morte. O estudo, publicado na British Journal of Sports Medicine, não mostra qual é a quantidade ideal, mas fornece algumas indicações de que mesmo um tempo relativamente curto da prática pode trazer benefícios significativos à saúde a longo prazo.
Segundo a revisão, uma média de 30 a 60 minutos de atividade de fortalecimento muscular por semana está associada a um risco de 10 a 17% menor de mortalidade por todas as causas, bem como por doenças cardiovasculares (DCV), diabetes e cânceres.
No entanto, os dados apontam que somente “ficar musculosa” não é a solução, é preciso incluir a prática na rotina e ter bons hábitos.
Para condições como diabetes, 60 minutos por semana podem ajudar na redução de risco de morte. Os dados também indicam que a combinação de atividade aeróbica e trabalho muscular entre os participantes diminuíram a mortalidade por DCV em 46%, 28% em caso de câncer e 40% por todas as causas.
“A combinação de fortalecimento muscular e atividades aeróbicas pode proporcionar um benefício maior na redução de todas as causas, doenças cardiovasculares e mortalidade total por câncer”, escreveram os autores nas conclusões do artigo. “Dado que os dados disponíveis são limitados, mais estudos — como estudos com foco em uma população mais diversificada — são necessários para aumentar a certeza das evidências”, observaram.
A análise
A revisão em questão incluiu estudos observacionais com média de 4 mil a 480 mil participantes, com faixa etária de 18 a 97 anos.12 estudos incluíram homens e mulheres, dois incluíram apenas homens e três contaram apenas com mulheres. Cada pesquisa relacionou a atividade aeróbica ou outra atividade física aliada ao treino de força muscular.
Entre os estudos analisados, o mais antigo foi de 2012, e os participantes mais longos foram monitorados por 25 anos. As pesquisas são dos Estados Unidos, Inglaterra, Escócia, Austrália e Japão.